sexta-feira, 22 de abril de 2011

Jesus não tem dente no país dos banguelas!

Esse é o título de uma canção dos Titãs gravada em 87. No entanto pouca gente entendeu o que eles queriam dizer.

Há pouco mais de um ano alguém que nem conheço me explicou o significado disso:

Jesus em seu tempo era comum.

Não causou estranheza ao entrar em lugar nenhum.
Não era um ser, assim por dizer, chamativo.
Não era louro. Com certeza. Senão o povo logo diria quanta estranheza neste “galego”. Mas não disseram.
Foi preciso um beijo para identificá-lo. Comum demais. Igual demais. Poderiam levar outro por engano.
Jesus não tinha um personal stilist (acho que é assim que se escreve, rs)
Não tinha preocupação com o que vestiria. Era muito comum. Não se vestia diferente. .
Mas quando Ele falava. Quanta diferença.
Suas palavras iam ao fundo da alma de qualquer pessoa. Sendo ela letrada ou não. Sua fala tinha vida. Ele chegava no “quê” da questão de forma simples, direta e sem rodeios filosóficos.

Ele não causava impacto quando entrava. Mas quando saia… O povo fica estarrecido: “Como? De que forma? Um cara comum poderia fazer tanto assim?”.

O impacto que ele causava na saída era magnífico. Fazia com que pessoas o quisessem e os demônios se apavorassem. Ele atraia as pessoas, as multidões os simples, os letrados os que eram párias da sociedade. A todos e a mim. Que simplicidade contagiante e constrangedora.

Não era só pelo que ele era. Tinha muito haver de quem ele era.

Sua vida, sua trajetória estava ligada ao Pai. Ele sabia o quanto dependia dele, e o quanto o comum na mão do Pai se torna extraordinário.

Jesus não se preocuparia em ter dentes num país de banguelas.

Ele sabia que não seria sendo diferentão que o povo se achegaria. Não havia tanta necessidade assim. O trivial, o básicão só isso.

O que chamava a atenção do povo,não estava na sua aparência, não estava no seus amigos.Nem na sua profissão.Estava naquele a quem ele declarou amor.Estava no Pai.

A sua relação íntima e dependente do pai constrangia. Constrange até hoje.

Não importa quantos dentes ele tinha. Importava a quem ele tinha como referência.




Feliz Páscoa!

2 comentários:

Saul Moraes disse...

Talvez essas várias características físicas atribuidas a imagem de Jesus Cristo, fossem talvez, um dos objetivos de sua passagem entre nós. Preto, branco, banguela ou não, a única característica imutável foi e é o conteúdo de suas palavras.

Anônimo disse...

se analisar

EM TERRA DE CEGO QUEM TEM UM OLHO É REI.

substitui

EM TERRA DE BANGUELA QUEM TEM UM DENTE É REI.

e a frase

JESUS NÃO TEM DENTE NO PAÍS DOS BANGUELAS!

Pode ser entendido que Ele não é melhor que ninguém. Aliás por este motivo é que ele foi morto. Não por dizer que tinha um dente mas que tinha todos e poderia dar dentes a todos também.

e porque a frase não diz "NÃO TINHA", não remete ao passado mas sim "NÃO TEM", no presente.

uma música ao velho estilo cavalo de tróia?

Algo a se pensar..

;)